"Quero ouvir os dirigentes do PS e quero partilhar com eles o resultado das minhas reflexões. Quero ter tempo, porque o tempo não está para precipitações", afirmou aos jornalistas António José Seguro em Torres Vedras, quando foi questionado pelos jornalistas se o PS vai avançar com uma moção de censura ao Governo e se esse assunto vai ser debatido hoje na reunião do partido..Interrogado se as pessoas querem que o PS apresente, tal como PCP e BE já fizeram, uma moção de censura ao Govrno, Seguro respondeu: "Cada partido define a sua estratégia, não somos iguais"..Em Torres Vedras, onde plantou uma árvore e passou por uma central hortofrutícola, António José Seguro recusou estar em "estágio" para uma eventual campanha eleitoral antecipada, ao defender que "a responsabilidade de um líder político que ambiciona governar o país é conhecer melhor os problemas e ouvir os portugueses para encontrar soluções"..Nesse sentido, anda a percorrer o país no âmbito do programa "as pessoas primeiro"..Para o líder do PS, "a situação em Portugal é dramática, quando temos quase um milhão de portugueses desempregados e a economia que continua a definhar".."O pais está a caminhar para a tragédia, porque esta austeridade do custe o que custar está a criar mais problemas", acrescentou, lembrando que "o défice é maior do que o que estava previsto, a dívida não para de aumentar"..Em alternativa, considerou que "é necessário que emprego seja a prioridade, é necessário apoiar as empresas, financiá-las e ajudá-las a recapitalizar-se e tomar medidas que fomentem a procura interna e as exportações".